Em tempo de pandemia provocada pela covid-19, os leilões de imóveis são um ótimo investimento para quem tem dinheiro no bolso. O leilão ocorre após a perda do imóvel, seja por descumprimento de alguma obrigação judicial ou extrajudicial, permitindo ao interessado adquirir o imóvel, “arrematar” no termo jurídico, já por 50% do valor da sua avaliação. Neste momento em que as pessoas estão mais cautelosas, por terem pouco dinheiro em caixa, ou por procurarem segurança, o número de concorrentes em leilões diminuiu significativamente. Assim, os poucos participantes conseguem arrematar o imóvel por 50% do valor da avaliação, considerando a diminuição do número de investidores com capital disponível.
Além disso, num momento de crise como este, os leilões tornaram-se mais frequentes, uma vez que as pessoas estão enfrentando dificuldades financeiras. Como exemplo, quando o imóvel é recuperado pelo Banco quando o mutuário não consegue responder com as parcelas do financiamento e levado à leilão ou quando o imóvel é penhorado e alienado devido a uma ordem judicial, modalidade mais apreciada pelo investidores, considerando que a alienação transcorreu por um processo judicial.
Lembrando que é importante contar com a ajuda de um profissional com experiência no seguimento para dar consultoria quanto à viabilidade da compra do imóvel em leilão, e na tramitação do processo da Arrematação até a expedição da Carta de Arrematação, documento necessário para o registro da propriedade, e a emissão do Mandado de Emissão na Posse, documento que concede a posse ao vencedor do leilão.
No Edital do leilão, são designadas duas datas para as praças: na primeira, o imóvel somente receberá lances a partir do valor pelo qual foi avaliado. Já na segunda, os lances podem ser a partir de 50% do valor da avaliação, dependendo do que restou previsto no Edital.
Normalmente, os lances partem de 50% da avaliação do imóvel. Caso não haja lances para determinado bem, seja na primeira ou na segunda praça, será o autor do processo intimado para que requeira ou não nova data para um novo leilão.
Por fim, neste período de pandemia, as pessoas estão se arriscando menos, diminuindo com isso a concorrência nos leilões, tornando-se uma ótima oportunidade para aqueles que já conhecem o ótimo resultado nesta modalidade de investimento. Salientando, que é imprescindível contar com a ajuda de um profissional experiente para trazer maior segurança e rentabilidade no processo. Afinal, o imóvel pode ser arrematado pela metade do valor da avaliação.
Para se ter uma ideia da oportunidade, recentemente, um imóvel foi arrematado no Bairro da Bela Vista, em São Paulo, pelo valor de R$ 282 mil e vendido quatro meses depois pelo valor de R$ 420 mil.
*Paulo Mariano é advogado especializado em leilão judicial de imóveis, com experiência de mais de 100 processos nessa modalidade de investimento. Já assessorou investidores, familiares e amigos e vem se utilizando do leilão de imóveis para seu próprio investimento.